Microalgas podem ser alternativa para biodiesel
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Microalgas podem ser alternativa para biodiesel
Elas recebem o nome de micro, mas possuem uma possibilidade macro de se transformarem em uma alternativa na geração de energia limpa para o Brasil e, principalmente, o Rio Grande do Norte. O potencial energético das microalgas é o tema do Simpósio Brasileiro que se iniciou ontem, em Natal, e que pretende discutir os avanços nas pesquisas e as chances desses vegetais unicelulares serem utilizados como fonte de produção de biodiesel.
De acordo com o coordenador da área de aquicultura da Emparn, Ezequias Viana de Moura, a produção potiguar de microalgas já é a maior do País, porém é utilizada quase exclusivamente como fonte de alimento para a carcinicultura. O objetivo agora é comprovar a viabilidade dessas algas unicelulares na produção de combustível limpo, algo que será buscado a partir de novembro, em um estudo previsto para durar três anos e que será realizado pela Emparn, em parceria com a UFRN e com patrocínio da Petrobras, no Centro Tecnológico de Aquicultura, em Extremoz.
O desafio é grande, uma vez que não basta mostrar que a produção de biodiesel a partir de microalgas é viável. É preciso chegar a números que assegurem a competitividade econômica dessa alternativa frente a outros combustíveis. As perspectivas, no entanto, também são animadoras. “A grande qualidade delas é que permitem que se trabalhe em áreas que não competem com a agricultura tradicional.”
Há possibilidade de se trabalhar em tanques próximos a estuários; usando qualquer tipo de água: salgada, doce, ou mesmo salobra; aproveitando efluentes de outras atividades, inclusive da carcinicultura; e extraindo nutrientes até mesmo do lodo proveniente de esgoto urbano. Esse leque de opções se soma aos benefícios ambientais, pois as microalgas também são grandes fixadoras de gás carbônico, ou seja, podem reduzir a quantidade de CO2 na atmosfera, combatendo fenômenos como o efeito estufa, ao atuar como verdadeiros filtros naturais do ar.
O problema a ser solucionado é o alto custo de produção das microalgas. “Para servir de alimento ao camarão, a produção já se desenvolveu, toda tecnologia está dominada e é totalmente viável. Não é barato, pois as microalgas necessitam de ambientes totalmente controlados, mas o preço do camarão justifica, pois é um produto que agrega bastante valor”, explica Ezequias Viana.
Segundo ele, o objetivo agora é descobrir como adaptar, ou melhorar essa tecnologia, de forma a compensar a produção de biodiesel. “O grande desafio é esse, porque hoje já há condições perfeitas de se produzir biodiesel a partir de microalgas, mas a questão é o custo, pois precisa se tornar viável. A tecnologia é em boa parte importada e ainda não dá garantia que a produção de óleo tenha a rentabilidade necessária”.
Fonte: quinta, 15 outubro 2009 . Tribuna do Norte - RN
De acordo com o coordenador da área de aquicultura da Emparn, Ezequias Viana de Moura, a produção potiguar de microalgas já é a maior do País, porém é utilizada quase exclusivamente como fonte de alimento para a carcinicultura. O objetivo agora é comprovar a viabilidade dessas algas unicelulares na produção de combustível limpo, algo que será buscado a partir de novembro, em um estudo previsto para durar três anos e que será realizado pela Emparn, em parceria com a UFRN e com patrocínio da Petrobras, no Centro Tecnológico de Aquicultura, em Extremoz.
O desafio é grande, uma vez que não basta mostrar que a produção de biodiesel a partir de microalgas é viável. É preciso chegar a números que assegurem a competitividade econômica dessa alternativa frente a outros combustíveis. As perspectivas, no entanto, também são animadoras. “A grande qualidade delas é que permitem que se trabalhe em áreas que não competem com a agricultura tradicional.”
Há possibilidade de se trabalhar em tanques próximos a estuários; usando qualquer tipo de água: salgada, doce, ou mesmo salobra; aproveitando efluentes de outras atividades, inclusive da carcinicultura; e extraindo nutrientes até mesmo do lodo proveniente de esgoto urbano. Esse leque de opções se soma aos benefícios ambientais, pois as microalgas também são grandes fixadoras de gás carbônico, ou seja, podem reduzir a quantidade de CO2 na atmosfera, combatendo fenômenos como o efeito estufa, ao atuar como verdadeiros filtros naturais do ar.
O problema a ser solucionado é o alto custo de produção das microalgas. “Para servir de alimento ao camarão, a produção já se desenvolveu, toda tecnologia está dominada e é totalmente viável. Não é barato, pois as microalgas necessitam de ambientes totalmente controlados, mas o preço do camarão justifica, pois é um produto que agrega bastante valor”, explica Ezequias Viana.
Segundo ele, o objetivo agora é descobrir como adaptar, ou melhorar essa tecnologia, de forma a compensar a produção de biodiesel. “O grande desafio é esse, porque hoje já há condições perfeitas de se produzir biodiesel a partir de microalgas, mas a questão é o custo, pois precisa se tornar viável. A tecnologia é em boa parte importada e ainda não dá garantia que a produção de óleo tenha a rentabilidade necessária”.
Fonte: quinta, 15 outubro 2009 . Tribuna do Norte - RN
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